quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Paratodos

Sempre tenho vontade de escrever sobre pessoas que valham algumas palavras pensadas.

Como um amigo que se tornou muito próximo e indispensável nos últimos anos, mas agora vai passar um ano em Paris. Ou outra amiga que é quase uma segunda mãe, uma irmã que não tive e por isso às vezes chamo de irmãemiga. Ou aquela outra que é a única a entender meu dialeto, pois, desde sempre, comeu biscoitos (não, não bolachas) comigo.
Como um "ex-namorado" que se tornou um "pra-sempre-amigo". Como aquele cara que era um mala há um ano e hoje é um amigo que me ajuda a carregar os pesos. E aquele que é tão fechado pra falar mas sempre está de coração aberto pra ouvir ou rir dos outros. Ou aquela que sempre me põe os pés no chão, apesar de voarmos juntos por cima das redes. Como a outra amiga que me ajuda a racionalizar os sentimentos e tornou-se essencial. Como a mãe, o pai, a tia, a vó, o irmão, a sobrinha que tanto ensinam. Como uma menina da lua que escreve poemas a quatro mãos comigo. Ou como a outra que acha que escreve mal mas tanto me emocionou com frases simples.

Como o porteiro, o vizinho, o cachorro do vizinho, o mendigo.
Sem nomes, porque cada um não é um título, mas cada aquilo que sei e sinto.


Algumas vezes tenho certeza, noutras me surpreendo ao saber quem realmente pode dar idéias a boas palavras pensadas (outro dia foram apenas duas garotas na praia). O mais divertido é ir descobrindo quem realmente vale alguns minutos de queima de neurônios na frente do monitor.

Como o desconhecido na fila do ônibus.



JG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, critique, elogie, adicione um pensamento, um verso... mas não deixe passar em branco.