sábado, 23 de janeiro de 2010

Onde

Nada como ter um lugar para poder chamar de seu. Com sua calma e seus afazeres. Com seu cheiro e o cheiro de quem convidar. Um lugar para fugir. Para pintar minhas paredes com os desenhos que sonho. Para pisar no assoalho sempre com ritmo e ter uma trilha sonora sempre harmonizando. E as pegadas de pés descalços, que marcam um dia-a-dia próprio, ficam impregnadas como parte da decoração. Com janelas que sejam extensões das minhas crenças ou que sirvam melhor que uma televisão. Pode ser uma casa muito engraçada, desde que com teto, chão, parede e rede. Um lugar para guardar as histórias que vivo na rua. Não um quartinho escuro. Quero histórias-móveis para espalhá-las por todos os cômodos e me debruçar, deitar, escrever sobre elas. Quero meu lar. Que não seja sempre doce-lar pra não enjoar. Quero meu quarto. E um quarto de queijo bola na geladeira. Quero meu canto. Com direito a notas desafinadas no chuveiro.

E quero você nessa bagunça toda...


JG



"Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais"
-Zé Rodrix-

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