quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ali é onde há pra ir (e devemos todos)

E ali, entre tanto asfalto, muro, poste. Sob tantos edifícios altos, espelhados, imponentes. Havia uma praça verde, de tantos tons de verde, com bancos confortavelmente convidativos com espaço suficiente para deixar uma pessoa só solitária e insuficente para três pessoas se apertarem. Eram bancos para dois, perfeito para dois. Pequenos ímãs para uma conversinha, uma fofoca, um reencontro. Pequenos refúgios para um carinho, para dois olhares, para quatro mãos dadas. E não poderia haver outro lugar para ir. Andaram até ali, pois ali era onde havia onde ir. Com passos rápidos até pisarem no verde, em cada tom de verde, se deixam levar devagar até se sentarem em um dos bancos feitos perfeitamente para dois. E eles eram dois. E passaram duas horas como fossem dois meses com dois olhares vidrados e quatro mãos entrelaçadas. O banco em que sentavam parecia sorrir por estar cumprindo sua utilidade. Ele era mais alto que os muros, postes e edifícios. E a noite era mais clara de mãos dadas.

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