segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dia 12 de junho

Quando passei o dia 12 de junho sozinho, muitos foram os amigos que questionaram por quê. "Você tem alguém incrível aí com você, vá estar com ele!" foi o tipo de apelo que ouvi. Mas eu estava bem em casa de meias grossas e estudando pra prova. Houve quem sugeriu que fosse trauma meu. Trauma? Não, não... calma. O que tem demais para ser comemorado no dia 12 de junho? Além do marco histórico para milhares de filipinos que comemoram sua celebrável independência nesta data, desconheço motivos válidos para comemorar com tamanha efusividade.

"Mas é dia dos namorados, João!". Dia dos namorados? É, já me preocupei com isso. Passei anos contabilizando dias 12 de junho em que passei sozinho e fingia comemorar minha solteirice (ou carência disfarçada). Depois, desculpe se soar presunçoso, vi que esse tal amor celebrado no dia 12 de junho não é passível de comemoração. Mas não se engane antes de eu terminar! Estou dizendo apenas que esse amor, de altar, beatificado e adorado como inalcançável nirvana não combina comigo. A exaltação do amor que extrapola a quantidade aceitável de corações que saltam às vistas em todas as vitrines torna tudo tão mais difícil, mais impraticável, irreal.

E pra mim é tão real. Tão palpável nas frases que me escreve. Tão acreditável no brilho dos seus olhos. É tão cotidiano como acordar e abrir os olhos: acordar e pensar em você. Tão leve, calmo.. Sem frufrus vermelhos e todos os tons de rosa! Pra mim é tão... tão normal!

Pra mim, n(amor)o não é jantar trufas brancas sob céu parisiense estrelado. N(amor)o é todo domingo, cheio de namorico, um franguinho assado e farofa pra depois do amorzinho, como dizia Vinícius.

E viva o dia 12 de junho, sim! Mas como mais um dia 12 de qualquer mês que eu tiver você do lado.



JG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, critique, elogie, adicione um pensamento, um verso... mas não deixe passar em branco.